quinta-feira, 3 de abril de 2014

Estrada para normalidade!

Com o decorrer da vida você acaba perdendo o entusiasmo e tudo aquilo que você tinha quando era criança ou adolescente. E hoje como de se esperar, eu chorei. Chorei porque ouvia músicas de quando eu tinha  15 para 16 anos e eu tinha aquilo que me falta hoje em dia. Eu tinha muita inocência, muita esperança para a vida. Imaginava eu aos 20 anos e tudo muito diferente de hoje, eu aos 23 anos. Eu imaginava como eu seria uma grande atriz, e com o decorrer dessa passagem até aos 23 anos minha cabeça mudou muito. Tirei a parte atriz e vesti a parte psicóloga. Perdi a vontade de estar em câmeras, mas às vezes essa vontade me domina muito. Eu perdi o encanto pelo qual eu tinha ao cantar e para falar a verdade...eu nunca cantei bem! Eu tinha uma banda aos 14 anos na escola, aquela banda era muito especial para mim. Eu era criança demais para entender que nada daquilo era um show, aquelas pessoas envolta de nós estava era esperando a kombi para voltar para suas determinadas casas. Aquilo era especial demais! Aos 15 assumi que seria atriz nem que isso me bastasse perder uns 20 anos da minha vida, pelo menos até os 17 anos passei por muitos cursos de teatro e para falar a verdade só me lembro do nome de um. Foi o que mais me marcou, Teatro Tim Lopes. Esse curso de teatro me deu asas a inspiração, me fez cair e levantar pelo menos umas dez vezes consecutivas. Eu aos 18 ainda sonhava com essa vida de atriz e já ia ao projac, era cada dia um degrau na escada. Não vou mentir que um dia quero um pedaço disso tudo, eu amo o Teatro e sempre vou amar. Isso ainda não perdi, mas quando você vai ficando velho começa a mudar os gostos. Eu prefiro ser médica hoje em dia, uma renomada Psicóloga. Eu prefiro lidar com a psicologia humana hoje em dia que um teatro. Eu perdi o medo de mortos, perdi o medo da vida, perdi aquela minha síndrome do pânico que me acompanhou durante um longo tempo. Eu não tenho medo mais de nada, na verdade tenho medo do que ainda não sou...e da grande pessoa que ainda posso ser, mas como antes acontecia 'é um degrau de cada vez'. Enquanto isso eu vou estudando, buscando informações. Prefiro buscar informações para ser uma grande pessoa do que viver eternamente sonhando com algo improvável de ser. Eu só perdi aquele ar de inocência que eu tinha, aquela menininha dos contos mais lindos morreu para renascer uma grande mulher em busca dos seus objetivos com mais seriedade para suas opções. Eu luto cada dia mais, e mais...e na verdade Zé, uma coisa que eu não perdi foi essa vontade louca e irresistível de escrever.

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