domingo, 16 de fevereiro de 2014

Regularmente áspera.

Eu moveria o céu e a terra para evitar ter aquela sensação de novo. Aquele momento...ele soa tão triste, atordoado até. Quero amenizar nosso estado de espírito de alguma forma, mas aquela era a última chamada. Eu coloco minhas mãos no bolso e arregalo os olhos, não seria a última chamada, acredito. Aquilo não era uma despedida, eu teria que ir lá de alguma forma, eu pensava. A garota gordinha que sonhava tão alto colocou seus pés no chão e acordou daquele sonho. Confesso que a vida real não é nada fácil. Na verdade não sou ninguém para mudar essa situação e eu me viro do avesso e me torno duas em uma, sinto-me desconfortável. Como aquele momento não durava, como nada nessa vida dura por muito tempo. O amor que mantinha acesa a luz que tomava meu corpo e me sacudia de uma forma desigual. Eu murmurava no me instinto mais invencível.  Sinto seus olhos em mim, a minha insegurança e raiva são palpáveis. Ergo o olhar e seus olhos estão me olhando com atenção. Aquele momento não mais me pertencia, só poderia me apegar a Deus naquele momento. A dor dói tanto quanto o vazio que sinto nesse momento. Desci aquele morrinho paralelo a Universidade, aquele momento de decisão e de dor de ser tão difícil aceitar a verdade. Fechei os olhos com a expressão de desgosto me lembrando daquelas palavras que ouvi. Já era tarde...amanhã é um novo dia. Ergo meu rosto mais uma vez, agora já é minha vontade perpendicular que me faz ver um dia melhor no dia seguinte.