sábado, 3 de maio de 2014

Nem por um segundo.

E de que adianta lutar ? Quando o que se perde é exatamente o que se cria. Eu estava tensamente nervosa nas costuras mais profundas da minha vida, guardei aquele pedacinho para mais tarde e na verdade já era tarde. Aquele pedaço de papel agarrado em minhas mãos já não havia serventia nenhuma. Eu tinha perdido aquele metrô das 8 horas e quando cheguei já eram as 15 horas. Perdi mais uma vez, vida! Aos 23 anos da minha idade mais intensamente falando, eu era a mais calma e mais pacifica da situação e tudo que eu tinha era um papel. As certezas ficaram no meio do caminho e as demonstrações de ansiedade também. Peguei aquele metrô chorando, Zé. Me diz porque! Por que voltamos pra casa sempre querendo ser alguém melhor e ter um dia melhor? Por que quando a porta bate, ela bate tão forte que mau consigo respirar? Você sempre fica aqui quando eu precisava. Eu sinto falta de mim todos os dias, essa falta da paz e do dever cumprido. E tudo que eu penso é em ser uma pessoa melhor. Porque a falta dessa falta anda me subordinando a fatores totalmente ideológicos. Eu preciso daquele pedacinho de céu que jamais deveria ter deixado partir. Eu preciso daquela paz, é errado? É errado saber que mesmo estando errada eu insisto nisso? É errado querer se sentir a melhor profissional? É errado querer um emprego de apenas 6 horas e estudar no restante que a vida condiz? Me diz, não fica calado assim! Não fica calado dessa forma, isso me assusta. Aquele jeans ainda está surrado? Eu coloquei ele na sua antiga gaveta, junto com as mais tristes cartas de amor jamais lidas.